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Interface Metro, a tábua de salvação da Microsoft no mercado de consumo

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“E o que vem depois?” Foi o que perguntou Ryan Seacrest a Steve Ballmer, CEO da Microsoft, já no fim do último keynote da empresa de Redmond na CES (Consumer Electronic Show). “O que vem depois? Metro, Metro, Metro. Windows Windows, Windows”, disse Ballmer, após ressaltar que não há nada mais importante para Microsoft que o Windows.

Metro é a nova interface que usaremos em máquinas equipadas com o Windows Phone, o Windows 8, e até com sistemas dedicados como o do XBox, apresentado na CES como o hub de entretenimento da companhia, não só para controle de jogos, mas para consumo de áudio, vídeo e também para interação (foto) com programas de TV (vale rever o keynote). A interface Metro só não estará em alguns sistemas embarcados, como os usados em automóveis e outros eletrônicos de consumo inteligentes, como geladeiras. Mas, no futuro, poderemos encontrá-la inclusive nos automóveis, controlando os recursos de entretenimento. A Ford vendeu mais de 4 milhões de veículos equipados com Ford Sync, da Microsoft, e as previsões são de mais 9 milhões de carros com o sistema nas estradas de todo o mundo nos próximos três anos.

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No line-up de produtos de consumo da Microsoft a interface Metro é o coração, e o Kinect, o pulo do gato, que possibilitará interações por voz e gestos com diferentes dispositivos: desktops, ultrabooks, consoles, tablets, smatphones, etc. Será possível, por exemplo usar a busca por voz do Bing no Xbox para encontrar rapidamente o jogo ao vivo na TV. E com a chegada do Kinect para o Windows, no início de fevereiro, em 12 países (Estados Unidos, Austrália, Canadá, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Japão, México, Nova Zelândia, Espanha, Reino Unido), a Microsoft já trabalha com mais de 200 parceiros, incluindo United Health Group, Toyota, Telefonica, Mattel, American Express, entre outras empresas, de formas revolucionárias, segundo ela, para ter conteúdos corporativos.

Algumas dessas novidades, brasileiros residentes em São Paulo, ou visitando a capital paulista, poderão conhecer de perto no Microsoft Technology Center, que a empresa inaugura no próximo dia 17 de janeiro. Além de tecnologias corporativas, o centro será um showroom de tecnologias para o mercado de consumo em torno do Xbox, já produzido aqui.

Paulo Iudícibus, diretor de Inovação e Novas Tecnologias da Microsoft, é quem aqui no Brasil cuida do desenvolvimento de aplicações que veremos rodar nos diversos dispositivos com a interface Metro, muitas delas disponíveis via Microsoft Store, que estará disponível em todo o mundo, em diversos idiomas, já no fim de fevereiro. Segundo Iudícibus, a interface Metro é versátil o suficiente para independer do tamanho da tela. Mas há alguns dispositivos para os quais ela não faz sentido, como interfaces robustas de controle de manufatura, por exemplo.

A expectativa é a de ter um milhão de principais dispositivos de consumo com a interface Metro (smartphones, tablets, computadores e consoles) em pouco tempo. Neles será possível vender conteúdo, através de aplicativos e até publicidade. A Microsoft tem cuidado da compatibilidade da plataforma nesta ampla diversidade de dispositivos com mão de ferro. A intenção é garantir a mesma experiência para o usuário e também a evolução comum a todos os equipamentos, como faz hoje a Apple. O fabricante do dispositivo pode incluir as aplicações dele nos aparelhos que fabrica, mas a customização fica por aí, da camada de aplicação para cima.

“O que a gente está falando é que nós vamos componetizar o Windows para que cada dispositivo receba a camada do sistema que faça sentido para aquele dispositivo. E a interface para os dispositivos de consumo será sempre muito parecida”, explica Iudícibus. “Costumo dizer que o device é uma janela para o canvas de live tiles e cada live tiles uma janela para a nuvem, seja ela pública ou privada, da sua empresa, por exemplo. A gente está trabalhando com dispositivos que sejam bons para a vida do usuário, em qualquer situação, seja em casa ou no trabalho. E com total controle dos live tiles pelos desenvolvedores e os gestores de TI. A estratégia é ter o melhor para os quatro mundos: diversidades de aparelhos, com experiência garantida, bons para a empresa e bons para você”, completa o executivo.

Entre os usuários, a expectativa é grande. Há quem ainda duvide de que a interface Metro vá funcionar bem nos desktops. Ao fim do keynote, troquei alguns tweets com um designer que disse estar curioso para ver a versão final do Windows 8. Segundo ele, a interface Metro tem problemas sérios de usabilidade no desktop. Para quem lida com muitos arquivos e programas em sua máquina, a Metro atrapalha com um excesso de tiles e painéis. Como a empresa vem trabalhando para resolver isso, ele ainda dá um voto de confiança para a Microsoft. Já chegou a ver o novo gerenciador de programas que a Microsoft está desenvolvendo para contornar um problema que o antigo menu Iniciar resolvia bem. E acredita que a empresa está indo por um bom caminho. A Metro, agora, já permitiria a criação de grupos de aplicativos, por exemplo.

A ver. A versão beta do sistema estará disponível no fim de fevereiro, junto com a Microsoft Store. Só então poderemos opinar. Que venha, então…


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